De Maputo a Johannesburg são apenas 55 minutos de distância, muito menos que as 9 horas de Bragança a Lisboa, como ficou eternizada na música dos Xutos & Pontapés.

No decurso da minha última viagem pela South Africa Airlines (SAA), fui completamente surpreendido, com a notícia de que a partir daquele momento apenas seriam servidos a bordo vinhos sul-africanos.

Bem, todos nós no âmbito das nossas viagens, de índole pessoal ou profissional, tivemos a oportunidade de verificar que a “carta de vinhos” a bordo costuma ser composta por uma selecção de vinhos de diversas origens, levando-nos muitas vezes a descobrir alguns vinhos que no dia a dia nao teriamos oportunidade de provar.

Esta postura costuma ser encontrada na maioria das companhias aéreas internacionais, a qual me parece perfeitamente acertada.

Então o que dizer deste anúncio da SAA, estaremos perante mais um exemplo de nacionalismo exacerbado ou pelo contrário uma forma legítima de promoção.

Embora esteja mais inclinado (do ponto de vista do consumidor) para a prática internacional na escolha de vinhos a bordo, não posso deixar de ser sensível quando uma “companhia de bandeira” decide tomar esta medida.

Afinal que razão existe para não se promover o que de melhor se faz nesse País.

Acabo assim o meu copo de Sauvignon Blanc (muito bom por sinal) com o aviso sonoro: estamos prestes a aterrar, thank you for flying with us …

Saudações Vínicas

Filipe Carvalho